Risadinhas, cochichos, gritos e elevações de voz.

E é nesses momentos em que ela gosta de ser observadora. Risadinhas dali, cochichos de cá. Gritos ali e mais elevações na voz. E mais uma vez risadinhas e cochichos. Quem passa perto daquele ambiente imagina que só pode estar acontecendo uma discursão acirrada por causa de futebol, mas mal sabem da metade do que realmente acontece.
Um por todos e todos por um? Não ali, não àquela hora. Cada um por si e eu por mim, seria o lema adequado para a maioria ali.
O objetivo é um só mas ninguém parece perceber. É briga de orgulhos e de egos e “ai” de alguém tentar entrar na frente ou ate mesmo querer mudar essa a história. Do jeito que as coisas estão a pessoa que veio ajudar será ”bombardeada” e entrará para algum dos “times”.   
"Mais um para a equipe”.
Em jogos normalmente o melhor vence e o pior perde, mas ali era nítido que todos saíram perdendo. Um puxa daqui e outro dali, até um momento em que a corda não aguentará, e quando isso acontecer será mais uma vez: risadinhas, cochichos, gritos e elevações de voz.
Ela espera, sentada no seu canto apenas observando, que um dia isso pare. Torce para que todos á sua volta percebam o quão infantis estão sendo, mesmo com todos já adultos. Ela torce para o dia em que o “nós” fale mais alto que o “eu”. Torce para que percebam que o “eu” sozinho não consegue nada, mas que o “nós” pode ir muito mais além. Torce para que  percebam que o mundo lá fora já esta cansado de tanto “eu” e esta a procurando mais o “nós”

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